Tunzine quer uma smart city em Vilankulo que se prepara para acolher grandes eventos
Gilberto Guibunda
Fotos de Stélio Guirrute
Com uma população de 70 mil habitantes, nove bairros e duas localidades administrativas a embrionária cidade de Vilankulo está nos olhos do mundo, não apenas pela componente turística de que é referência obrigatória, mas porque vai acolher a segunda edição do “Crescendo Azul”, já no próximo mês de Novembro, e em Outubro de 2022, o Campeonato das Nações Africanas em Futebol de Praia.
São dois imponentes eventos que premeditaram o INHAMBANENSE a uma entrevista com o jovem e visionário edil, William Tunzine, quem deixa a imagem real da sua cidade. A dois anos de completar o primeiro quinquénio como presidente do município, o engenheiro não se esconde atrás dos desafios ainda visíveis nos bairros municipais, apresenta ideias sólidas para fazer de Vilankulo a idelizada Smart City.
– Em quantos por cento está executado o seu manifesto eleitoral, considerando que está a dois anos de terminar o quinquénio?
– O nosso Plano Quinquenal Municipal de Vilankulo, até ao mês de Agosto andava a 80 por cento de execução, seguindo o nosso manifesto eleitoral. Com muitos desafios, é verdade, nós acreditamos que com os parceiros e amigos que temos e que estão sempre disponíveis a trabalhar com o município de Vilankulo, acreditamos que até 2023 estaremos em altura de dizer que cumprimos cabalmente com aquilo que é o nosso plano. Apesar das adversidades inerentes da Covid-19 e da crise económica mundial que todo o mundo enfrenta, incluindo o nosso país – nós temos vindo a ser sufocados pela crise há mais de cinco anos, e Vilankulo não foge a isto porque não é uma ilha isolada – vamos ter que fazer isto, ou seja, de não depender apenas das transferências correntes do Estado, e sim também através de parceiros e amigos de Vilankulo para vermos se conseguimos materializar muitos dos nossos objectivos neste mandato.
– É fácil perceber que cada um dos nove bairros municipais as dificuldades são específicas, havendo aquelas que são comuns, como seja, vias de acesso, iluminação, sistema de abastecimento de água, etc…
– Os grandes desafios são comuns. Dependendo dos bairros, há esta variação percentual em cada um deles. O que nós, de facto, queremos fazer com a nossa cidade para minimizar, ou seja, resolver algumas dificuldades que se verificam, a primeira coisa que estamos a fazer é requalificação dos bairros. Já estamos a trabalhar com os nossos parceiros alemães e já temos cá especialistas a trabalharem connosco. Concretamente, estamos a fazer trabalhos de campo e também de gabinete como forma de implementarmos o Sistema de Informação Geográfica (SIG), implementar um cadastro digital e, como estava a dizer, para iniciarmos com o próprio trabalho de requalificação. Porque achamos, por exemplo, que o Bairros 19 de Outubro, Alto Makhassa ou o Quinto Congresso, são bairros muito extensos que achamos que devem ser requalificados para criar melhor gestão nos mesmos. O que achamos como grandes desafios nestes bairros é o abastecimento de água e estamos a trabalhar afincadamente para dentro deste quinquénio resolvermos este problema. A nossa meta é darmos água a cerca de 90 por cento da nossa população.
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