Grande entrevista:Daniel Chapo considera que Inhambane Cresceu social e economicamente em 2022 e destaca a nova postura da sasol
Gilberto Guibunda
O governador da província de Inhambane, Daniel Chapo, considera o ano 2022 foi sumariamente positivo para Inhambane nos vários aspectos, sobretudo no âmbito social e económico. Chapo deixou esta observação na grande entrevista em exclusivo ao INHAMBANENSE, inserida no balanço do que foi o comportamento da província no período em análise. Na esfera económica, o sector do caju, que contribuiu com mais de 600 milhões de meticais e, turismo, apesar deste último ainda carecer de um novo modus operandis que beneficie a província, são as que catapultam a província para uma referência na economia nacional.
E porque a província de Inhambane entrou no mapa dos grandes projectos, Daniel Chapo destaca a melhoria de relações com a petroquímica Sasol, enquanto parceiro estratégico que em 2022 esteve envolvido no apoio dos grandes eventos realizados na província.
Na área social, Chapo considera que a província deu grandes avanços na componente de abastecimento de água, serviços de saúde, expansão de rede eléctrica e melhoramento das vias de acesso, reconhecendo, porém, haver necessidades acrescidas necessárias para o contínuo desenvolvimento da província.
– Senhor Governador, o ano 2022 ficou para o arquivo, contudo, há esta necessidade de revistar o que foi alcançado. Como descreve o último ano para a província de Inhambane?
– Depois de dois anos fechados por causa da pandemia da Covid-19, refiro-me aos anos 2020 e 2021 e ainda o primeiro semestre do 2022, em que estávamos sob medidas restritivas, depois do relaxamento das medidas anunciadas pelo Chefe do Estado, Filipe Jacinto Nyusi, sentimos que a dinâmica económica melhorou bastante. Mesmo nós, o Conselho Executivo da província, conseguimos perceber que os nossos números em termos de avaliação do Plano Económico e Social (PES), começaram a melhor. Como sabe, uma das áreas económicas mais afectadas ao nível do mundo foi a turística e Inhambane é inquestionavelmente a capital do turismo em Moçambique. Sendo capital do turismo, o sector acabou sendo intimamente afectado durante os dois anos da Covid-19. Há estâncias turísticas que despediram trabalhadores e fecharam as portas, mas que, com o relaxamento começou a haver a reanimação e com o melhoramento da situação os mesmos empreendimentos recuperam os seus trabalhadores, admitiram outros e Inhambane voltou a abrir-se ao mundo e o mundo começou a chegar a Inhambane. Isto fez com que a área económica voltasse a sentir uma grande dinâmica.
– Queira prosseguir…
– Outra área económica que sentimos que está a melhorar é o sector da agricultura. Nós apostamos numa agricultura conduzida em três vertentes: uma agricultura mecanizada e comercial, uma agricultura intermédia e, finalmente, uma agricultura de subsistência. Neste processo, o que aconteceu é que pelo menos a agricultura mecanizada e comercial, resultante da conferência de 2017 [n.r.d. Fórum de Investimentos] sentimos que está a trazer grandes benefícios para a província, com destaque para JAB Moz em Govuro, Agrimaçaroca em Pambara, distrito de Vilankulo, incluindo os projectos que estão a acontecer em Jangamo. Também há que destacar o regadio de Chimunda, em Govuro, que entregámos a gestão a um farmeiro sul-africano, que também percebe da agricultura e que está a trazer resultados bastantes animadores com a produção de hortículas e também está a começar a produzir a batata, sobretudo a batata reno. Portanto, é uma área que contribuiu bastante para o crescimento económico da província no ano em análise.
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